Tudo o que você precisa saber sobre a vacinação do seu pet

Tudo o que você precisa saber sobre a vacinação do seu pet
Tudo o que você precisa saber sobre a vacinação do seu pet (Foto: Freepik)

Neste período de pandemia do novo coronavírus, um dos temas que mais ganhou destaque foi a vacinação. Importante não só para a proteção contra a Covid-19, a imunização em humanos contra diversas doenças é uma estratégia para garantir a saúde pública. Porém, é preciso que a mesma atenção seja dada para cachorros e gatos, que também precisam de proteção contra uma série de doenças periodicamente.

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Em agosto costuma ocorrer em diferentes estados do país a campanha de vacinação contra a raiva. Porém, no ano passado, os estados de São Paulo e Tocantins, além de outros 219 municípios de diferentes regiões, optaram por cancelar a campanha, devido à pandemia de Covid-19. A vacina contra a raiva é a única encontrada gratuitamente, uma vez que a doença é uma zoonose, que pode ser transmitida do animal para o homem, e que representa um alto risco para a saúde pública. A distribuição gratuita para gatos e cachorros teve início em 1973, com o Programa Nacional de Profilaxia da Raiva. E, com isso, a queda nos casos reduziu significativamente, de 1200 cães positivos em 1999 para 11 em 2020. E a contaminação de humanos no último ano foi de apenas duas pessoas. Os dados mostram a importância de manter a vacinação, que deve ser anual, em dose única.

Além da raiva, o veterinário Bruno Sattelmayer, do departamento de Educação Corporativa da Cobasi, lista outras doenças podem e devem ser protegidas pela vacinação em cães e gatos. Segundo ele, para os cachorros, é possível receber a vacina múltipla, que previne contra Cinomose, Hepatite Infecciosa Canina, Adenovírus tipo 2 (agente viral da tosse dos canis), Parainfluenza, Parvovirose, Coronavirose e Leptospirose canina. Essas, são encontradas em variações como V8, V10 e V11, que têm a diferença nos números, que representam os subtipos de Leptospira, encontradas em cada vacina

“Uma vacina que cada vez vem se mostrando muito importante, é o imunizante contra a Giardia, doença que afeta principalmente os filhotes de cães. Além dessas, a vacina contra gripe, cada vez ganha espaço na prevenção e saúde animal”, diz o veterinário.

Já para os felinos, Bruno diz que ao receber a vacina múltipla, as doenças prevenidas são: Panleucopenia, Rinotraqueíte, Calcivirose, com a vacina V3. Já a vacina conhecida como V4, contempla todas as doenças anteriores, mais a Clamidiose. “Existe, também, a vacina V5, que previne todas as quatro doenças anteriores, além da Leucemia Felina. Porém, antes de aplicar é necessário realizar o teste para FELV (Leucemia Felina), e somente se resultado for negativo, seguindo sempre a conduta de um Médico Veterinário”, diz.

Quanto ao intervalo, há diferença entre o pet filhote e adulto. Para os mais novos, que estão tomando as vacinas múltiplas pela primeira vez, a maioria dos fabricantes recomenda em bula, de 2 a 3 aplicações com intervalo de 21 dias cada. Para o adulto, o intervalo é anual com dose única. “É preciso ressaltar, que cada animal possui suas particularidades. Saber se o animal está apto para vacinação, se está vermifugado, com bom estado nutricional, nível de estresse e idade, são fatores que influenciam no protocolo. Além disso, cada vacina e fabricante também possuem suas indicações. Para isso, siga sempre a recomendação do seu Médico Veterinário de confiança”, afirma.

Ainda, é importante o alerta para os tutores que não se preocupam com a vacinação, porque os pets ficam a maior parte do tempo em ambiente fechado. Segundo o veterinário, geralmente estas doenças são causadas por vírus, bactérias e protozoários, que não conseguimos enxergar a olho nu, mas que podem ser trazidos para dentro de casa, por nós mesmos, seres humanos, ou até por outros animais que porventura tenham acesso a rua. Ou seja, sempre há risco de exposição e contaminação

“A vacinação é um dos principais aliados na prevenção de doenças infecciosas, para os pets. Existem métodos que mensuram via sorologia, se o animal está com anticorpos suficientes, para eventualmente, resistir à uma possível infecção. Porém este método é mais caro do que a vacina. A prevenção com vacinações sempre serão as opções mais seguras e saudáveis para os animais”, conclui.

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