Tudo o que você precisa saber antes de adotar um coelho

Tudo o que você precisa saber antes de adotar um coelho
Tudo o que você precisa saber antes de adotar um coelho (Foto: Gavin Allanwood/Unsplash)

De olhos vermelhos, de pelo branquinho… Os coelhos costumam ser lembrados na época da Páscoa, mas são uma excelente opção de animal de estimação para tutores que têm pouco espaço ou tempo para se dedicar à criação do animal. Mas não se engane, eles precisam de cuidados, estímulos, espaço adequado e exercícios físicos diários.

Veja também:

+ Vídeo hilário: filhote de cachorro anda tanto com coelho que acaba imitando seus passos
+ Estudo mostra que 40% dos donos de gato só vão ao veterinário em emergências
+ Vídeo fofo: cachorra passa o dia no portão recebendo carinho dos vizinhos

Uma situação curiosa ocorreu quando coelhos foram introduzidos na Austrália no século XIX. Como a reprodução do animal é muito rápida e a espécie não tinha predadores na região, acabou se tornando uma praga para a agricultura local. O consumo excessivo de pastagem e erosão do solo fez com que inúmeras fazendas fossem abandonadas.

Hábitos de higiene

Os coelhos são extremamente independentes quando o assunto é sua higiene pessoal, não gostam de ambientes sujos e conseguem se limpar sozinhos, assim como os gatos. Os banhos são contraindicados para esses animais e podem até deixá-los doentes– exceto quando aprontarem e acabarem se sujando muito, com substâncias ou materiais difíceis de serem limpos pelo próprio bichinho. Nesse caso, o ideal é lavar e limpar a área com água morna, cortar os pelos sujos, ou dar banho com xampus secos, específicos para a espécie.

Hábitos alimentares

Os tutores de coelhos devem ficar muito atentos à alimentação desses animais, oferecendo principalmente verduras escuras. A suplementação pode ser realizada com ração peletizada (1% a 2% do peso vivo ao dia). Frutas e legumes podem ser fornecidos apenas como petiscos. A ração deve ser específica para coelhos — jamais deve-se oferecer rações de cachorro ou gato.

Outro hábito bastante curioso é que os coelhos ingerem cecótrofos, muito confundidos com as próprias fezes dos animais. Os cecótrofos são ricos em nutrientes essenciais, com tamanho menor que 0,5mm e mais úmidos que as fezes, que são maiores e subproduto da digestão e absorção dos nutrientes. Essa ingestão é normal e inclusive contribui para a saúde deles: os nutrientes da comida que não foram absorvidos totalmente pelo organismo do animal retornam ao coelhinho ao fazer essa ingestão.

Correm bastante e têm visão 190º

Na natureza, como esses animais são presas fáceis para predadores, podem correr até 45 km/h, e seus saltos podem chegar a 1 metro de altura. As lebres podem alcançar até 80 km/h. Pela necessidade de fugir dos predadores, eles também costumam estar sempre alertas, prestando atenção principalmente a barulhos e sons.

Outra característica que ajuda os coelhinhos no habitat natural é o fato de terem os olhos posicionados nas laterais da cabeça, permitindo a eles terem visão 190º do ambiente. Mas essa característica acaba bloqueando a visão do seu próprio nariz — para ajudar nesse quesito entram em ação os bigodinhos (vibrissas) do animal, que funcionam como sensores do ambiente, pois são extremamente sensíveis ao toque.

Segurança para o pet em casa

O especialista acrescenta que antes de adotar um coelho, o tutor deve pesquisar bastante sobre o animal e adaptar a casa, além de tomar alguns cuidados para que o bichinho não destrua móveis, fios e outros objetos, causando frustração ao tutor ou problemas entre os habitantes da residência.

“É importante garantir uma ambientação adequada ao coelho na gaiola e fora dela. Proteger fios elétricos é essencial para preservá-los e proteger os pets. Oferecer tapetes antiderrapantes e espaço suficiente para correr e se exercitar algumas horas ao dia. Coelhos também se adaptam a fazer suas necessidades em bandejas sanitárias (iguais às que os gatos usam). Importante também planejar locais como túneis e tocas para que ele possa se esconder (lembre-se que coelhos são presas); além de deixar à disposição madeira não tratada e feno, para que ele possa roer e, assim, desgastar os dentes. Além da alimentação adequada, lembre-se de deixá-lo em ambientes limpos. Por fim, castre os animais caso queira adotar um casal de macho e fêmea, para controle reprodutivo, e para prevenir doenças e modular seu comportamento”, conclui.

Back to top