Tropas americanas vão deixar o Afeganistão… e levar cães e gatos para os EUA

Tropas americanas vão deixar o Afeganistão... e levar cães e gatos para os EUA
Tropas americanas vão deixar o Afeganistão… e levar cães e gatos para os EUA (Foto: Katie Catania)

A Sargento Katie Catania adotou dois cachorrinhos no campo de aviação de Kandahar, no Afeganistão. Agora que ela está voltando para casa, levará seus amiguinhos com ela.

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Catania planejava escolher um deles para manter, mas a iminente retirada das tropas dos EUA do Afeganistão e o aumento da violência no país pesaram fortemente em sua decisão. “Eu não queria apenas deixar um”, disse ela.

“Não saber o estado da base e do próprio país… Se eu pudesse dar a esses cães uma vida melhor do que apenas deixá-los lá no Afeganistão com um futuro desconhecido, então eu tentaria”, acrescentou.

Catania, especialista em logística que desde então deixou o Afeganistão, ajudou a retirar o equipamento de Kandahar no ano passado durante a retirada de tropas. Os EUA devem concluir a retirada de cerca de 2.500 soldados até 11 de setembro, disse a Casa Branca na semana passada.

(Foto: Katie Catania)

Conforme as tropas partem, outros como Catania estão levando os cães e gatos com os quais fizeram amizade na base. Charlotte Maxwell-Jones, que dirige uma clínica veterinária em Cabul, ajuda a preparar animais para o longo voo do Afeganistão para os Estados Unidos. Ela recebeu uma série de ligações urgentes de militares no ano passado, quando os níveis de tropas caíram de seu pico de cerca de 12.000 no último ano.

“As pessoas estão ligando de bases e dizendo: ‘Podemos retirar esses animais, o mais rápido possível?'”, contou ela, acrescentando que dos cães que ela enviou para os EUA na semana passada, dois terços eram para membros do serviço.

Muitas vezes há uma pressa para retirar os animais quando as bases fecham, disse Michelle Smith, diretora executiva da Puppy Rescue Mission, que tem parceria com Maxwell-Jones.

“Se eles estiverem fechando acampamentos e bases, veremos um aumento nos resgates”, disse Smith. “Os caras que estão fechando aquele local não querem deixar para trás os animais que eles têm alimentado e cuidado.”

As tropas não deveriam fazer amizade com os animais locais, que podem transmitir doenças, mas frequentemente o fazem. “Você está tão ocupado e simplesmente perde as coisas normais… você se apega”, disse a Suboficial 3 Stephanie Hall, uma piloto de helicóptero, que até fevereiro foi enviada para a base do aeroporto de Cabul.

Hall trouxe de volta dois cachorros, Bennie e Mollie, e dois gatos, Playa e Kiaya. Levá-los do Afeganistão para a América foi incrivelmente difícil e complicado, contou Hall, e custou mais de US$ 3.000 (cerca de 16 mil reais).

Mas o processo valeu a pena para garantir que os animais de estimação de que ela cuidou teriam uma vida boa. “Eu não queria me arrepender e não saber o que aconteceu com eles”, explicou Hall.

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