Vigilância constante do dono, exames veterinários regulares e testes de bem-estar são os pilares do cuidado ao gato sênior. De acordo com as Diretrizes de Atendimento ao Idoso da Associação Americana de Profissionais para Felinos (AAFP), os gatos mais velhos são classificados como maduros ou de meia-idade entre 7 e 10 anos, os mais velhos, de 11 a 14 anos, e os geriátricos, de 15 a 25 anos.
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Muitos na profissão começam a tratar um gato que tem 7 anos ou mais como veteranos e começam a fazer exames de bem-estar a cada seis meses, em vez de anualmente. Quem trabalha com gatos é muito consciente de quão sutis são os sinais de que alguma doença se instalou. Os bichanos são hábeis em esconder suas doenças (muitas vezes múltiplas).
Como muitas doenças são mais comuns em gatos idosos, nossa vigilância de seus hábitos cotidianos precisa ser intensificada após os 7 anos, para ter certeza de que podemos prevenir e detectar problemas precocemente.
O que observar
- Perda ou ganho de peso: tanto o peso geral quanto a condição corporal devem ser monitorados
- Hábitos na caixa de areia: aumento do tamanho de aglomerados ou alterações na frequência do uso da caixa
- Mobilidade: capacidade de acordar, subir escadas facilmente e pular
- Comportamento: mudanças nas formas de descansar, dormir, esconder e de interagir com os membros da família
Doenças comuns
- Dentes: as lesões reabsortivas dentárias são uma das doenças mais comuns, afetando mais de 80% dos gatos com 5 anos de idade.
- Osteoartrite: doença articular degenerativa que afeta mais de 90% dos gatos com 10 anos de idade.
- Doença renal: encontrada em mais de 20% de todos os gatos. Os sintomas ser sutis como o aumento da ingestão de líquidos ou grandes aglomerados de urina. Inapetência ou perda de peso leve.
- Hipertireoidismo: perda de peso, aumento do apetite e vocalização são marcas do hipertireoidismo em gatos.
- Doença inflamatória intestinal: vômitos, diarreia e perda de peso são os sintomas mais comuns desse problema comum em gatos de meia-idade e idosos.
- Diabetes: doença comum em gatos mais velhos, especialmente naqueles com excesso de peso.
- Câncer: cancros-intestinais, mamários e orais são mais comuns em gatos idosos.
- Síndrome da Disfunção Cognitiva: 80% dos gatos apresentam disfunção cognitiva aos 15 anos de idade ou mais.
O papel do veterinário
Um exame físico completo é recomendado a cada seis meses para todos os gatos com mais de 7 anos. Se isso parecer muito, considere que as consultas semestrais de veterinários equivaleriam a um ser humano consultando seu médico a cada três ou quatro anos.
Muitas vezes, os gatos idosos têm mais de um problema. Exames e testes de bem-estar são os pilares para mantê-los saudáveis.
Durante um exame básico de bem-estar para gatos mais velhos, um painel deve ser sempre realizado, o que inclui uma checagem do nível da tireoide, um hemograma completo, exame de urina e triagem do verme do coração (Dirofilaria immitis).
As checagens rotineiras de pressão arterial são aconselhadas em todos os gatos com mais de 10 anos de idade e em bichanos com doenças comumente associadas à hipertensão (rins, diabetes e hipertireoidismo).
As ultrassonografias abdominais ou radiografias de tórax ou abdominais são indicadas para ajudar na detecção de doenças.
Como mantê-lo saudável
- Certifique-se de que você está atendendo a todas as necessidades do seu gato (água, comida, caixa de areia, interações sociais e espaços de descanso, sono e esconderijo).
- Ir às visitas regulares de veterinários anualmente até os 7 anos e a cada seis meses a partir dessa idade é a melhor coisa que um dono de animal de estimação pode fazer.
- Pesagens regulares em casa são muito úteis. Compre uma balança de bebê de boa qualidade. Assim, pode recuperar rapidamente e com facilidade a perda de peso repentina.
- Observe atentamente o seu gato. Qualquer mudança pode significar que algo está acontecendo. Com os gatos envelhecendo cinco a sete vezes mais rápido do que os humanos, qualquer mudança é importante para tomar nota.
- Fácil acesso a água doce. Use tigelas largas para evitar a “fadiga do bigode” e evite cumbucas de plástico para ajudar a prevenir a acne no queixo.
- Caixas de areia com entradas rebaixadas tornarão mais fácil para os gatos idosos entrar e sair. Se seu gato é artrítico, certifique-se de que as caixas de areia sejam colocadas em áreas de fácil acesso, sem que o animalzinho tenha que subir uma escada, por exemplo.
- Câmeras de vídeo podem ajudá-lo a manter o controle quando você estiver ausente.
- Se precisar viajar, deixe o gato com vizinhos ou amigos que ele conheça.
A melhor nutrição
O exame anual de sangue do seu gato é uma ótima maneira para os veterinários determinarem se uma mudança na nutrição é necessária. Os níveis de proteína e de fósforo são duas das análises mais críticas que precisam ser consideradas.
Se um gato tem doença renal ou história de pedras na bexiga, uma dieta de comida enlatada em porções pequenas, mas frequentes, é uma ótima maneira de incentivar o consumo de água e obter uma dieta próxima à natural de um gato.
Qualquer mudança de dieta deve ser feita lentamente em gatos, especialmente idosos, e é recomendável que seja feita com a orientação de seu veterinário, com base no exame físico e nos resultados dos testes de bem-estar.
Em resumo, todas essas medidas podem ajudar a criar um plano de cuidados, dieta e ambiente doméstico para gatos idosos. Com este guia, você pode diagnosticar problemas cedo e agir com mais eficiência para que seu gatinho realmente aprecie os anos dourados!
Com informações do site Pet MD