Adotar um pet é sempre um momento marcante e de muita alegria, porém muitas são as preocupações relacionadas à saúde e bem-estar do animal com a sua chegada. Apesar do amor e carinho serem caraterísticas obrigatórias para os tutores, durante toda a vida do pet é necessário comprometimento, para garantir que o novo integrante da família tenha a vida repleta de saúde e aventuras.
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Para esclarecer as dúvidas comuns de muito tutores, sejam ou não de primeira viagem, Danielle Quiqueto, docente e médica veterinária do Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi, destaca oito pontos de atenção e relata que desde o momento em que há a decisão da adoção, é necessário assumir um compromisso de garantir o bem-estar do pet nesta importante fase da nova vida.
Banho e corte de unhas
Caso seja um filhote, a professora explica que é preciso concluir o protocolo vacinal para que ele esteja liberado para tomar banho. “Enquanto o processo não é concluído, existem no mercado produtos para realização de banhos a seco. Se a adoção for de um adulto, o banho está liberado. Em relação ao corte das unhas, a ação deve ser feita somente por um profissional que tenha habilidade, pois há risco de sangramento e alguns animais podem desenvolver traumas”, comenta.
Passeios ao ar livre
Para a especialista, o indicado é que esses passeios ocorram somente quando o protocolo vacinal for concluído, pois há riscos deste pet adquirir doenças em contato com outros animais.
Idade do animal
Segundo a Dra. Danielle, o médico veterinário está apto, através algumas observações, em determinar a idade aproximada do animal, ao se atentar a características, como o aspecto da dentição ou se as trocas dos dentes já foram concluídas. No caso dos idosos, também é possível fazer essa análise com a observação da coloração dos pelos da face.
Medicação para vermes
Para a docente, esta indicação deverá ser realizada apenas pelo médico veterinário, que avaliará caso a caso. Para isso, ele entenderá qual o estilo de vida do pet. “As fêmeas prenhes e filhotes devem ser vermifugados, pois os filhotes podem se contaminar durante esta fase. Aos demais animais, poderá ser solicitado um coproparasitológico (exame que analisa as fezes), que mostrará se o pet precisa de tratamento ou não para algum tipo de parasita”, comenta.
Vacinas
A médica explica que a única vacina obrigatória no Brasil, tanto para filhotes quanto para adultos, é a antirrábica, pois a raiva é uma zoonose de grande importância e deve ser administrada após 12 semanas de vida, sendo administrada como reforço anual.
As vacinas múltiplas ou polivalentes, que combatem as principais doenças dos pets, são consideradas como essenciais para garantir a qualidade de vida do animal. Nesse grupo entram a V8 ou V10, no caso dos cães, e V4 ou V5, no caso dos gatos.
O protocolo vacinal dos filhotes começa com aproximadamente 60 dias de vida e deve ser concluído com mais de 16 semanas, para não haver interferência dos anticorpos da mãe na resposta vacinal. As doses serão administradas com intervalo de 21 a 28 dias e geralmente são necessárias 3 doses para completar o protocolo. A partir daí o filhote estará protegido contra as principais doenças.
No caso dos idosos não há contraindicação na vacinação. Pacientes com doenças crônicas, em processo de quimioterapia ou doenças autoimunes, serão avaliados individualmente pelo médico veterinário.
Castração
Se o tutor tem a intenção de castrar o pet, a especialista afirma que é de extrema importância que haja uma consulta pré-operatória. “O animal deve ser levado para avaliação em que o profissional indicará os exames que o pet deverá realizar antes da castração. Como o procedimento é realizado sob anestesia, alguns exames laboratoriais e avaliação cardiológica devem ser efetuados”, afirma.
Pulgas e carrapatos
Danielle explica que existem diversas medicações para controle de ectoparasitas no mercado e várias formas de apresentação. “Comprimidos palatáveis, pipetas que são administradas na região do pescoço e coleiras de uso constante são alguns exemplos disponíveis hoje. Cada medicação possui um intervalo de administração diferente e o médico veterinário indicará o melhor para seu pet. Este controle deverá ser realizado regularmente e não somente quando forem encontradas pulga ou carrapato no animal, visto que o risco de infestação ocorre nos diversos lugares por onde o pet passeia. Se a infestação já ocorreu, algumas das medicações indicadas para prevenção podem ser utilizadas nessa fase. Vale ressaltar que as pulgas e carrapatos estão em sua maioria no ambiente, o controle também deve ser realizado no local que o pet habita. No caso das pulgas, aspirar o local é muito importante e faz parte do tratamento”.
Alimentação
A alimentação é a base para uma boa saúde intestinal do pet e, segundo a especialista, estar alinhado com veterinário é ideal para garantir a saúde e qualidade de vida. “O profissional indicará a ração que atenderá da melhor forma as necessidades do animal. As rações super premium são completas e possuem vitaminas, ômegas e minerais indicados para cada fase da vida do pet. Na maioria dos casos não é necessária a suplementação quando o alimento é de qualidade”, finaliza.