De acordo com um novo estudo publicado na revista Scientific Reports, os donos de cães e gatos podem reduzir significativamente o impacto ambiental das dietas de seus animais de estimação alimentando-os com rações secas em vez de alimentos úmidos.
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Marcio Brunetto e seus colegas avaliaram os impactos ambientais de 618 dietas para cães e 320 dietas para gatos no Brasil, incluindo emissões de gases de efeito estufa, uso da terra e uso da água.
Os autores investigaram rações comerciais úmidas e rações secas encontradas nos sites de três grandes varejistas brasileiros de rações para animais de estimação.
Estas dietas também foram comparadas com dietas caseiras, tanto alimentos produzidos por empresas, quanto alimentos preparados pelos donos em casa com receitas fornecidas pelas empresas.
Além disso, os autores avaliaram a composição nutricional e calórica das diferentes dietas.
Para todas as variáveis, as dietas úmidas para cães e gatos tiveram o maior impacto ambiental, principalmente em comparação com as rações secas. As dietas caseiras tendem a ter impactos ambientais intermediários, embora o uso de água nas dietas caseiras para gatos seja semelhante às dietas secas.
Os autores estimam que um cão de dez quilos consumindo em média 534 calorias por dia seria responsável por 828,37 quilos de CO2 por ano quando alimentado com uma dieta seca, em comparação com 6.541 quilos de CO2 por ano para uma dieta úmida, o que representa um aumento de quase sete vezes (689%).
Além disso, as dietas secas forneceram a maior quantidade de energia por grama, enquanto as dietas úmidas e caseiras forneceram maiores quantidades de proteína.
Nas dietas úmidas, quase o dobro de energia foi fornecida pelos ingredientes de origem animal em comparação com as dietas secas (45,42% versus 89,27%), o que pode contribuir para seu maior impacto ambiental.
Os resultados do estudo destacam os amplos impactos ambientais dos alimentos para animais de estimação, a necessidade de torná-los mais sustentáveis e uma indicação de como isso pode ser alcançado.