
Pesquisadores das Universidades de York e Lincoln, no Reino Unido, descobriram quais foram os efeitos da pandemia em animais de estimação.
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Os cientistas entrevistaram 5.323 pessoas com animais de companhia, incluindo cavalos, répteis, pássaros e peixes, além de cães e gatos. Os resultados viram mais de 65% dos participantes relatando mudanças no comportamento de seus animais durante o confinamento em 2020.
Como as mudanças na socialização afetaram os animais
Para esta pesquisa, os participantes responderam a vários conjuntos de perguntas sobre seus animais, sua própria saúde mental e seus relacionamentos. Eles também foram incentivados a deixar comentários adicionais.
Cerca de um terço dos participantes da pesquisa, a maioria donos de cães e gatos, notou que seus animais os seguiam mais do que o normal. Outro participante da pesquisa observou como a falta de interação regular com outras pessoas e cães afetou seu labrador.
Em uma nota aparentemente mais positiva, a pesquisa também indicou que os gatos de estimação se tornaram mais afetuosos e relaxados durante a pandemia. Mais pesquisas podem ser necessárias, mas é interessante que essas respostas indicam que a pandemia afetou animais da mesma forma que afetou seres humanos.
A saúde mental dos donos
Os pesquisadores também analisaram a saúde mental dos donos de animais de estimação antes e durante a quarentena para ver se isso pode ter causado algumas das mudanças relatadas.
“Nossas descobertas indicam que uma saúde mental mais pobre pode aumentar a atenção dada ao animal de companhia. O envolvimento empático pode aumentar o relato de quaisquer mudanças, tanto positivas quanto negativas, no bem-estar animal e no comportamento”, disse Emily Shoesmith, cientista de saúde da Universidade de York.
O comportamentalista clínico animal da Universidade de Lincoln, Daniel Mills, também observou que nosso humor e comportamento podem encorajar ou desencorajar certos comportamentos em nossos animais de estimação.
“O estado de saúde mental do proprietário tem um efeito claro no bem-estar e no comportamento dos animais de companhia. É claramente algo que devemos considerar quando procuramos fazer o que é melhor para os animais que cuidamos”, explicou ele.