Novo estudo indica as raças de cães com mais chances de ter câncer

Novo estudo indica as raças de cães com mais chances de ter câncer
Novo estudo indica as raças de cães com mais chances de ter câncer (Foto: Freepik)

Um novo estudo revelou quais raças de cães têm maior probabilidade de desenvolver câncer, e os resultados refutam a noção de que os cães maiores apresentam maior risco de contrair a doença.

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Raças de cães grandes, mas não as maiores, geralmente apresentam o maior risco de câncer, de acordo com o estudo, publicado na última terça-feira (30) na Royal Society Open Science.

Os pesquisadores procuraram entender como o câncer começa e também fazer perguntas específicas sobre como esse início está relacionado às raças de cães, explicou Leonard Nunney, biólogo evolucionista da Universidade da Califórnia, em Riverside, e autor principal do artigo, em conversa com a ABC News.

Nos seres humanos, o padrão mostra que à medida que o corpo cresce, espera-se que fique mais propenso ao câncer, disse Nunney. Mas esta teoria não se traduz no melhor amigo do homem, de acordo com a investigação.

“Você tem coisas que variam em tamanho, desde um Chihuahua até um Mastim ou um Dogue Alemão. Portanto, há uma enorme variedade de tamanhos”, disse Nunney.

Como os cães grandes geralmente morrem muito mais jovens, eles correm menos risco de desenvolver câncer do que os cães de tamanho médio. “Isso é simplesmente porque eles estão morrendo mais jovens”, acrescentou ele.

Algumas das raças mais propensas a contrair câncer são os Flat Coated Retrievers, os Berneses e os West Highland White Terriers, segundo Nunney. Os Flat Coated Retrievers contraem um tipo de sarcoma, um câncer raro que se desenvolve nos ossos e tecidos moles, com alta frequência.

A maioria dos terriers, especialmente o terrier escocês, tem uma probabilidade maior de desenvolver câncer do que o esperado anteriormente, dado o seu tamanho, e têm maior incidência de câncer de bexiga. Felizmente, poucas raças são excessivamente propensas ao câncer, segundo Nunney.

Os resultados do estudo apenas fornecem informações sobre o número de mutações genéticas que causam câncer em cães e mostram que, embora a endogamia na ascendência de uma raça reduza o seu tempo de vida, não aumenta o risco de câncer em geral, disseram os pesquisadores.

O modelo utilizado no estudo também pode ser aplicado no futuro para determinar se as raças estão começando a ter mais de um determinado tipo de câncer. “Os cães são um modelo extremamente bom para compreender as alterações genéticas que podem levar a uma maior suscetibilidade a cânceres específicos”, completou Nunney.

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