Ao optar por ter um pet, em especial um cão, algumas pessoas refletem sobre o porte, achando que os que possuem um tamanho maior darão mais trabalho. Puro mito. É o que afirma a médica veterinária da DrogaVET, Alessandra Farias.
Veja também:
+ Ciência demole 15 mitos comuns a respeito dos cães
+ Exposição transforma gatos em obras-primas das artes plásticas
+ Casal convive com 19 cães e não planeja parar por aí
“Apesar de muitas pessoas acharem o contrário, o cão de grande porte requer, apenas, um pouco mais de paciência e atividades extras para gastar energia, podendo, inclusive, se adaptar em apartamentos, desde que haja um espaço reservado para ele de, pelo menos, quatro metros quadrados”, desmistifica a profissional.
Segundo Alessandra, o que, em geral, acaba acontecendo é que o tutor se encanta pelo filhotinho e, em poucos meses, ele vira um supercão. “É necessário administrar o espaço, ter uma rotina diária de passeios e entretenimento de, no mínimo, 30 minutos, bem como impor limites e adotar uma alimentação balanceada para evitar o ganho de peso. Mas, todos esses cuidados são inerentes a um pet, qualquer que seja o porte”, revela a veterinária.
Por outro lado, os cães grandões possuem características proporcionais à sua estrutura. “São muito dóceis, companheiros, carentes e amorosos, exigem mais conversas e atenção. É aquela amizade rara, verdadeira e recíproca”, comenta Alessandra, indicando inserir também brincadeiras com bolinhas e cordas, por exemplo.
Ainda de acordo com a veterinária, é verdade que alguns deles, como o Pastor-Alemão, Doberman, Dálmata, Golden Retriever, Labrador, Bernese Mountain Dog, São Bernardo, Dogue Alemão e até o Mastim Napolitano não têm noção do tamanho e força que possuem. “Em alguns casos, eles são meio estabanados, se atrapalham em razão do porte e se assustam quando esbarram em algo, mas nada que um treinamento com adestrador não resolva”, explica a profissional.
Um ponto sensível, mencionado anteriormente, é a alimentação. “A dieta de um cão de grande porte precisa ser equilibrada, com a quantidade de nutrientes, fibras e suplementação correspondentes à necessidade do animal, para auxiliar na saúde articular, óssea e na manutenção da flora intestinal. Por esta razão, é de extrema importância o acompanhamento com um veterinário especializado em nutrição, evitando que a má alimentação e a falta de exercício contribuam com a obesidade”, alerta Alessandra.
Sob o ponto de vista de eventual necessidade de medicação, a profissional afirma que apesar de alguns medicamentos serem baseados no peso, o que elevaria o custo do mesmo, a manipulação veterinária surge como uma aliada do tutor desse tipo de pet. “Por serem feitos na dose certa, sem desperdício, e com a possibilidade de combinar vários ativos num mesmo composto, o manipulado auxilia na economia do tratamento quando necessário”, finaliza a veterinária.