De acordo com um novo estudo, os gatos consomem mais de 2.000 espécies de animais durante seus passeios ao ar livre. No entanto, os pesquisadores descobriram que 347 delas estão ameaçadas de extinção.
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O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Auburn, no Alabama, detalhou a dieta desses animais de estimação, descobrindo que eles se alimentam principalmente de pássaros, répteis e mamíferos, e até de insetos e anfíbios, mas em menor quantidade.
Segundo os pesquisadores, esses dados fazem dos “gatos de vida livre” uma das espécies mais invasivas do mundo, causando doenças generalizadas e levando algumas espécies à beira da extinção.
“Especificamente, os gatos espalham novas doenças a uma série de espécies, incluindo humanos, superam os felinos nativos e outros mesopredadores, ameaçam a integridade genética dos felinos selvagens, atacam a fauna nativa e levaram muitas espécies à extinção”, disseram os pesquisadores.
“Como resultado, os gatos de vida livre (ou seja, gatos com ou sem dono com acesso ao ambiente externo) estão entre as espécies invasoras mais problemáticas do mundo.”
Em um relatório de 2021, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) definiu gatos de vida livre como “qualquer gato que passa tempo desenfreado ao ar livre, independentemente do status de propriedade”. Segundo eles, até 164 milhões desses gatos residem somente nos EUA e apenas cerca de 30 a 80 milhões não têm dono.
A agência governamental sugeriu ações legislativas locais ou estaduais para evitar danos aos gatos, incluindo impedir que os gatos fiquem ao ar livre sem restrições, adicionar leis de microchip e esterilização ou adicionar sinos e coleiras de cores vivas que “diminuem a capacidade de um gato de se esconder e perseguir suas presas”.
