A Fatec de São José dos Campos foi responsável pela criação de um colete inteligente para cães que trabalham em resgates, equipado com câmeras e sensores para monitorar a saúde do cachorro e o ambiente onde ele irá trabalhar.
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O projeto foi desenvolvido por professores e estudantes dos cursos de Tecnologia da Informação e Logística, além de envolver conhecimentos das áreas da indústrias 4.0, de Automação e Tecnologia da Informação.
O principal intuito do projeto é garantir a proteção do cão, por meio do monitoramento das condições físicas e emocionais, além de aumentar a eficiência das operações de resgate.
A coordenadora da iniciativa, professora Vera Lúcia Monteiro, do curso superior de Logística, conta que o monitoramento das condições físicas e emocionais do animal é importante pois, durante as operações, os cães não têm limites.
A tecnologia foi testada e aprovada pela cadela Hope, da unidade do Corpo de Bombeiros do Ipiranga, zona Sul da cidade de São Paulo, e doada para a instituição. Um colete contando com as mesmas tecnologias da Fatec custaria cerca de R$ 20 mil no mercado, no entanto, por conta da colaboração de professores e estudantes, além do acesso aos laboratórios da Fatec, o custo de produção ficou bem abaixo desse valor.
O colete conta com hardware e software embutidos, que permitem a comunicação e geolocalização. Assim, as equipes conseguem monitorar os batimentos cardíacos, oxigenação, pressão sanguínea e temperatura corporal do cachorro, mesmo quando ele está fora do campo de visão durante os resgates. Além disso, os monitores podem passar os comandos para o cão, como descansar, seguir ou retornar.
O aparelho também conta com GPS, que envia dados de localização geográfica e detecção de gases nocivos. Essas informações auxiliam os resgates por evitar que os cães repitam percursos perigosos, além de mostrar ameaças e reduzir acidentes.
A produção e programação do colete também contou com entrevistas dos estudantes com os profissionais da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e veterinários. “Os alunos foram a campo para conhecer como funcionam as operações de resgate, quais são as atribuições dos cães e qual tipo de tecnologia responderia melhor às demandas dos desastres.”
Além de resgates, a tecnologia também pode ser usada nas operações de busca de drogas e bombas, e pode ser adaptado para uso em outros animais, como cavalos, por exemplo.
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