Estudo mostra que 40% dos donos de gato só vão ao veterinário em emergências

Estudo mostra que 40% dos donos de gato só vão ao veterinário em emergências
Estudo mostra que 40% dos donos de gato só vão ao veterinário em emergências (Foto: Freepik)

Com fama de independentes, fáceis de cuidar e adaptáveis a diferentes espaços, é sabido que os bichanos vêm ganhando cada vez mais a preferência de pessoas que querem ter um pet, mas passam boa parte do tempo fora de casa. Entretanto, os Médicos-Veterinários ouvidos em uma pesquisa inédita encomendada pela ROYAL CANIN® e realizada pelo IBPAD (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados) alertam: a natureza independente dos gatos não é sinônimo de menos necessidade de atenção, estímulos e cuidados com a saúde. O objetivo do estudo, que ouviu também tutores de gatos de todo o Brasil, é conscientizar sobre a importância dos cuidados preventivos com a saúde dos felinos, estimulando visitas periódicas para acompanhamento.

Veja também:

+ Saiba com que frequência você deve levar seu gato ao veterinário
+ Homem viaja pelo mundo sempre na companhia dos seus três gatos
+ Cães e gatos sonham? Confira o que dizem os especialistas

De acordo com os profissionais ouvidos, grande parte das doenças graves pode ser evitada se diagnosticada no início e a maioria dos felinos que chegam aos consultórios com enfermidades avançadas não costumam passar por consultas periódicas de acompanhamento e prevenção. Além disso, tratamentos “milagrosos” obtidos na internet ou como recomendação de quem não é profissional qualificado podem até amenizar sintomas em um curto prazo, mas sem tratar a doença, dificultando e encarecendo os tratamentos. 

“A saúde preventiva dos felinos é um tema prioritário para a ROYAL CANIN® em todo o mundo e é importante entendermos as particularidades de cada país para abordarmos o assunto de forma cuidadosa , sempre com o objetivo de levar informação e conscientizar os tutores”, explica Carlos Martella, Diretor de Marketing da Royal Canin Brasil.

“Sabemos que gastos com tratamentos podem ser mais difíceis de organizar dentro do orçamento familiar, além de exigirem tempo e dedicação. Por isso a prevenção é sempre o melhor caminho”, completa o executivo. 

Veja abaixo os principais pontos da pesquisa, que faz parte da campanha Meu Gato No Vet, da ROYAL CANIN®:

Atendimento especializado

Nas consultas, os gatos levam mais tempo para estabelecer confiança com o profissional do que os cães, por exemplo. Por isso, precisam de espaços seguros para buscar isolamento quando se sentirem estressados ou ameaçados. E o estresse pode afetar os diagnósticos.

  • 58% dos tutores levam seus gatos ao Médico-Veterinário apenas uma ou até menos vezes ao ano;
  • 72% dos tutores costumam levar seus gatos a clínicas veterinárias para consulta, enquanto 20% preferem o atendimento domiciliar;
  • Dos que levam a clínicas, apenas 6% costumam levar seu gato a um Médico-Veterinário especializado em felinos, nas chamadas clínicas cat friendly;
  • Para 80% dos tutores, os valores altos das consultas e exames são a maior dificuldade para levar os gatos ao Médico-Veterinário, seguida de desconforto do gato na caixa de transporte (52%), não ter acesso a uma clínica especializada em gato (37%) e falta de tempo (27%);
  • 12% dos tutores afirmam que aumentaram o investimento na ida ao Médico-Veterinário nos últimos dois anos, 62% mantiveram o mesmo gasto e 20% diminuíram;
  • 40% dos tutores levam seu gato ao Médico-Veterinário apenas em situações de emergência ou urgência;
  • Principais tipos de urgência que fizeram os tutores levar o(s) gato(s) ao Médico-Veterinário: (1) acidentes, (2) alergias e doenças de pele, (3) envenenamento ou intoxicações, (4) ingestão de materiais ou produtos estranhos, (5) doenças renais.
Cuidado e prevenção

O estudo mostra que prevenção é o principal tema quando falamos de cuidados com a saúde dos gatos. Prevenção que está diretamente ligada à nutrição e é a forma mais segura de evitar “choque” de gastos para os tutores. Além disso, gatos que sofrem acidentes, chegam machucados ou sofrem maus-tratos costumam ser aqueles que podem transitar na rua. A maioria dos Médicos-Veterinários criticou esse costume, tanto para evitar acidentes e maus-tratos, como para reduzir o contágio por doenças e parasitas de outros gatos que não recebem cuidados.

  • Os Médicos-Veterinários apontam dificuldade em convencer parte dos tutores a investir na qualidade da alimentação como forma de prevenir doenças;
  • Entretanto, 7 a cada 10 tutores pagariam mais do que pagam hoje para oferecer alimentação mais adequada ao seu gato e 58% afirmam que aumentaram o investimento em alimentação nos últimos dois anos;
  • Para os Médicos-Veterinários, prevenção é: (1) nutrição e hidratação adequadas, (2) atenção às alterações no comportamento dos gatos, (3) consultas periódicas (incluindo vacinação e vermifugação), (4) ambiente adequado e seguro;
  • Cuidados com o bem-estar também são fundamentais, segundo os profissionais: (1) garantir o modelo, quantidade e tamanho adequado de comedouros, bebedouros, caixas de areia e itens para descanso; (2) garantir a segurança do gato em ambiente controlado, utilizando telas de proteção em casa e impedindo o acesso à rua; (3) garantir o bem-estar emocional, através de enriquecimento ambiental, treinamentos e momentos de conexão com o animal; (4) acesso à área de iluminação natural e ventilação, sempre com a segurança do ambiente interno.
  • Higienização por banhos ainda divide opiniões: a maioria dos especialistas deixou de aconselhar.
Perfil e comportamento dos cat lovers

Os Médicos-Veterinários entrevistados percebem, cada vez mais, tutores buscando informações, entendendo que devem se preocupar com a saúde dos gatos e seguindo suas recomendações. Eles são descritos como clientes mais atentos, mesmo sendo pessoas que buscam um pet mais independente.

  • 72% possuem um ou dois gatos;
  • 75% cuidam sozinho ou dividem a responsabilidade com uma pessoa;
  • 93% consideram os gatos parte da família;
  • 55% consideram cuidar de gatos mais fácil que outros animais;
  • 92% dos tutores avaliam positivamente seus cuidados com os gatos, mas apenas metade fizeram adaptações em casa para receber os pets: 38% colocaram telas de proteção em portas e janelas, 25% adquiriram objetos específicos para gatos, como por exemplo arranhadores, e 10% deixaram de ter alguma planta que poderia ser tóxica.

Realizado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados – IBPAD, através de análise de métodos mistos, o estudo combinou etapas de pesquisa qualitativa feita com Médicos-Veterinários e pesquisa quantitativa online por painel de internautas com 1.011 tutores de norte a sul do Brasil.

Back to top