Estudo confirma que o tamanho do cérebro dos gatos está diminuindo

Estudo confirma que o tamanho do cérebro dos gatos está diminuindo
Estudo confirma que o tamanho do cérebro dos gatos está diminuindo (Foto: Tonmoy Iftekhar/Unsplash)

De acordo com um novo estudo, o cérebro dos gatos encolheu significativamente de tamanho ao longo do período de 10 mil anos de domesticação.

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A pesquisa foi publicada na revista Royal Society Open Science. Os cientistas compararam o tamanho dos crânios entre gatos domésticos (Felis catus) e gatos selvagens da Europa e da África, agora geneticamente confirmados como a espécie ancestral da qual os gatos domésticos evoluíram lentamente.

A equipe também analisou híbridos de gatos selvagens e domésticos, descobrindo que seus tamanhos cerebrais estavam entre as medidas dos outros dois grupos, outra indicação de que é a domesticação que está levando às mudanças.

“Nossos dados indicam que os gatos domésticos, de fato, têm volumes cranianos menores (implicando cérebros menores) em relação aos gatos selvagens europeus (Felis silvestris) e aos ancestrais selvagens dos gatos domésticos, os gatos selvagens africanos (Felis lybica), verificando resultados mais antigos”, revelaram os pesquisadores no novo artigo.

“Descobrimos ainda que híbridos de gatos domésticos e gatos selvagens europeus têm volumes cranianos que se agrupam entre os das duas espécies-mãe”, explicaram eles.

Os pesquisadores apresentaram uma ideia existente de que a seleção natural para domesticação leva à produção de menos células da crista neural nos animais (ligadas à excitabilidade e ao medo). Isso, por sua vez, poderia levar a mudanças na resposta ao estresse, tamanho do cérebro e morfologia geral do corpo.

Embora as conclusões do estudo não sejam completamente novas, elas atualizam pesquisas com décadas de idade, dando aos cientistas que trabalham em teorias de domesticação alguns dados novos para interpretar.

“As comparações do tamanho do cérebro são frequentemente baseadas em literatura antiga e inacessível e, em alguns casos, comparam animais domésticos e espécies selvagens que não representam mais as verdadeiras espécies progenitoras das espécies domésticas em questão”, escrevem os pesquisadores.

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