Está pensando em dar um pet para uma pessoa idosa? Ter a companhia de um bichinho traz muitos benefícios para os mais velhos, mas é importante considerar o estilo de vida do idoso antes de tomar essa decisão.
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“O benefício de ter um animal de estimação é realmente o benefício da vida”, explicou a Dra. April Kelly, veterinária licenciada em diversos estados dos Estados Unidos, em conversa com o site care.com.
“Só ter um animal em casa já promove muita positividade para os idosos, porque dá-lhes um trabalho, dá-lhes uma tarefa, dá-lhes algo para acordar e fazer. Isso os faz se mover. Eles estão mais aptos a sair e caminhar, ou estão mais aptos a sair e socializar.”
No entanto, nem todo animal de estimação é adequado para todos os idosos. É importante lembrar que animais de estimação dão muito trabalho, por isso os cuidadores familiares vão querer levar em consideração as habilidades cognitivas e físicas de um idoso ao escolher um companheiro peludo, de acordo com a Dra. Brooke Mobley, uma geriatra da Flórida.
Confira abaixo os melhores pets para cada tipo de idoso, dependendo de cada estilo de vida:
Melhores pets para idosos saudáveis e ativos
Para idosos com vida ativa, os cães pequenos são a melhor escolha. “No geral, um animal de estimação menor é sempre melhor do que um cachorro maior para os idosos”, disse Kelly, acrescentando que há algo especial e reconfortante em um animal pequeno que pode dormir no seu colo.
Além disso, ela contou que já viu cães maiores causando lesões em seus donos durante as caminhadas, por isso, Kelly costuma incentivar os idosos e seus cuidadores a considerarem os riscos que raças maiores podem representar.
Mobley também prefere cães pequenos para idosos por razões semelhantes, ressaltando os benefícios adicionais que eles podem fornecer para a saúde dos mais velhos.
“Essa atividade física de passear com o cachorro duas a três vezes ao dia definitivamente leva você aos 20 minutos de exercícios cardiovasculares que a American Heart Association recomenda fortemente”, afirmou ela.
Melhores animais de estimação para idosos com mobilidade limitada
Idosos com mobilidade limitada podem colocar-se em risco de lesões com animais de estimação que exigem o nível de atenção que os cães exigem, por isso uma ótima opção para idosos com esta capacidade física são gatos e animais de gaiola, como pássaros ou roedores.
“Os gatos parecem ser um pouco mais autossuficientes e requerem menos ajuda de pessoas externas caso você não possa estar em casa para cuidar do gato”, disse Mobley, acrescentando que esse idoso poderia ganhar uma caixa de areia automatizada ou um tipo de areia que não precisa ser limpa com tanta frequência, o que pode ser uma boa vantagem considerando a mobilidade limitada.
“Isso lhe dá algum espaço para emergências, caso não haja ninguém para ajudar ou ajudar a cuidar de seu animal de estimação se você tiver que ir ao hospital ou a uma enfermaria qualificada para reabilitação”, explicou ela.
Kelly desencorajou os idosos a terem gatos ao ar livre, devido ao risco aumentado de pulgas e infecções que também podem afetar o proprietário. No entanto, um gato estritamente interno seria “absolutamente perfeito”, segundo ela.
Kelly também recomendou animais que vivam em terrários ou gaiolas. “As pessoas não pensam assim, mas as iguanas têm personalidade. Eles têm horários de cuidados muito fáceis em sua maior parte. Você só precisa ter certeza de manter seu habitat.”
Ela também gosta de pássaros para idosos com dificuldade de locomoção. “Um papagaio [pode aprender] truques – você pode ensiná-los a falar e a voar até você. Os idosos que ficam muito em casa têm mais tempo para ficar com esses animais e podem se comunicar melhor com eles”, analisou.
Com isso em mente, Mobley aproveitou para alertar que é necessário apoio para garantir que as gaiolas sejam cuidadosamente mantidas para garantir a saúde e o bem-estar tanto do animal como do idoso.
Melhores pets para idosos com desafios cognitivos
Os sintomas comuns de declínio cognitivo incluem perda de memória, falta de interesse, dificuldade de acompanhamento e problemas de humor, entre outros sintomas. Os idosos que lidam com estes desafios devem considerar um bicho de pelúcia em vez de um animal, que pode proporcionar uma companhia semelhante, de acordo com Mobley.
Ela atende pacientes geriátricos que moram em asilos que querem carinho e abraçar alguma coisa. “Animais de pelúcia, bebês bonecos, coisas assim tendem a dar-lhes a sensação de cuidar de algo sem correr o risco de colocar um ser vivo em perigo”, disse ela.
Mobley também alertou que a maioria das instalações de vida assistida não permitem animais de estimação e separar-se de um animal de estimação quando está em declínio cognitivo pode ser traumático para um idoso.
Além disso, às vezes o declínio é tão acentuado que alguns idosos acreditam que os bichinhos de pelúcia são animais de estimação vivos. “Um bicho de pelúcia é uma forma de você ter algo que é seu”, ressaltou ela, acrescentando que isso também atende a um anseio de conexão que os idosos com declínio cognitivo podem ter, principalmente quando estão isolados de suas famílias.
