Especialista em comportamento canino diz como tratou seu cão com síndrome de ‘o médico e o monstro’

Especialista em comportamento canino diz como tratou seu cão com síndrome de 'o médico e o monstro'
Especialista em comportamento canino diz como tratou seu cão com síndrome de ‘o médico e o monstro’ (Foto: Luke MacGillivray/Unsplash)

Jan Barley, especialista em comportamento canino, revelou como ela tratou seu cachorro que sofria da síndrome de ‘o médico e o monstro’.

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Em um relato publicado no site PetsRadar, ela contou que sua cadela era normalmente muito carinhoso, mas de repente se tornava agressivo sem nenhum motivo aparente. Barley explicou que ele sofria da síndrome de Jekyll e Hyde, também conhecida como a síndrome de “o médico e o monstro”.

Jessie, sua border collie de resgate, foi adotada aos quatro meses de vida. Segundo Barley, ela era muito afetuosa e calma quando chegou em casa, mas aos nove meses, se tornou uma cachorrinha muito reativa com outros cães.

“Um dia, nossa amiga Julie estava de pé acariciando Jessie, que estava com as patas na cintura de Julie. Jessie parecia feliz com a atenção, mas de repente se virou e mordeu a mão de Julie, causando [um] sangramento”, contou a especialista ao PetsRadar.

Mas o que causa a síndrome de “o médico e o monstro”? De acordo com Barley, pode haver vários motivos. No caso de Jessie, a especialista acredita que uma visita a um barulhento evento canino pode ter sido um gatilho para a agressividade.

“Ela era […] super sensível. Com centenas de cachorros latindo, Jessie congelou. Olhando para trás, percebo que a pobre Jessie estava apavorada. O que eu deveria ter feito é retirá-la do ambiente. Quatorze anos depois, ainda me sinto culpada pela minha falta de compreensão”, contou Barley.

Para começar a tratar a síndrome, a especialista recomendou descartar problemas médicos subjacentes antes de qualquer coisa. Ela descobriu que Jessie teve um problema no pâncreas, o que poderia tê-la feito sentir-se mal e, consequentemente, mal-humorada.

“Em segundo lugar, entenda que a culpa não é do seu cachorro. Nosso trabalho como donos de cães é descobrir o que está causando o problema. Muitas vezes não notamos mudanças no comportamento e nos hábitos diários de nossos cães até que isso se transforme em algo problemático”, ressaltou ela.

Manter um diário com informações sobre o comportamento do seu cachorro pode ser interessante, segundo Barley. Monitore seus hábitos alimentares, se eles estão se exercitando normalmente, se o comportamento dele mudou em algum momento do dia, o que pode ter sido o gatilho, etc.

Desta forma, você pode decidir qual seria o melhor plano de ação. Trabalhe com um comportamentalista, troque a dieta dele ou faça mudanças em seu ambiente, se necessário. “Mantenha-se otimista e procure ajuda se estiver lutando para lidar com o comportamento do seu cão.”

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