Ciência explica como os pets afetam nossa saúde física e mental

Ciência explica como os pets afetam nossa saúde física e mental
Ciência explica como os pets afetam nossa saúde física e mental (Foto: Cynthia Smith/Unsplash)

Pesquisas confirmaram o que donos de pets já sabiam: ter um animal de estimação pode trazer grandes benefícios para sua saúde física e mental.

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Após anos lutando contra a pandemia de Covid-19, uma nova epidemia global surgiu: a da solidão. Segundo um estudo da Associação Americana de Psiquiatria, um em cada dez americanos afirma se sentir solitário todos os dias.

De acordo com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, a solidão pode levar a consequências graves para a saúde física, como um aumento do risco de doenças cardíacas, aumento do risco de acidente vascular cerebral e aumento do risco de demência em idosos.

Embora você não encontre as palavras “cachorro” ou “gato” em um receituário médico, pesquisas mostram que ter um animal de estimação em casa pode ser um remédio eficaz para melhorar os efeitos negativos da solidão.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Geórgia e da Universidade de Brenau, liderada pela Dra. Sherry Sanderson, professora associada e veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade da Geórgia, explorou recentemente a viabilidade dessa solução para manter os idosos saudáveis ​​à medida que envelhecem.

O estudo abordou as necessidades de duas populações vulneráveis, juntando gatos de abrigos com adultos com 60 anos ou mais que viviam sozinhos e não tinham animais de estimação, a fim de aprender mais sobre o impacto do vínculo humano-animal.

“Os idosos são uma população com maior risco de solidão e isolamento social. A perda de familiares e amigos, o declínio da saúde, a falta de transporte e o estresse financeiro aumentam as chances de se tornarem solitários, bem como os efeitos adversos à saúde associados a isso”, explicou Sanderson ao UGA Today.

“O vínculo humano-animal é uma forma de ajudar simultaneamente os adultos mais velhos e os gatos sem-abrigo, por isso é uma situação vantajosa para ambas as partes.”

Um estudo conjunto entre o Human Animal Bond Research Institute e a Mental Health Foundation mostrou que as respostas podem começar no nível químico. A pesquisa revelou que os níveis de ocitocina aumentam tanto em animais de estimação quanto em seres humanos quando interagem entre si.

Conhecida como um dos “hormônios da felicidade”, juntamente com a dopamina e a serotonina, a oxitocina pode aumentar a felicidade e a satisfação com a vida, ao mesmo tempo que reduz o estresse e a depressão.

“Os animais de estimação podem trazer muita alegria. É claro que envolve muito tempo e esforço na criação de um animal de estimação, mas os benefícios superam qualquer quantidade de trabalho associado a ele”, disse Sanderson.

Além de melhorar a saúde mental, os pets também têm um papel importante na saúde física de seus donos. Isso acontece porque muitos animais de estimação exigem exercícios e brincadeiras regulares, o que exige que seus donos pratiquem atividades físicas consistentes.

Mesmo animais de estimação que exigem pouca manutenção, como gatos e pássaros, precisam de estimulação física no dia a dia. Segundo uma pesquisa do Mayo Clinic Health System, o exercício adicional resultante de ter um animal de estimação pode ajudar a  melhorar a pressão arterial, reduzir a obesidade, fortalecer as articulações, reduzir o açúcar no sangue e aumentar a capacidade aeróbica.

“Só a rotina de cuidar de um animal de estimação pode motivar você a se levantar e fazer o que precisa. Quando as pessoas estão sozinhas ou deprimidas, pode ser difícil convencer-se a fazer qualquer coisa. Mas se eles sabem que um animal de estimação depende deles, isso pode fazer uma grande diferença”, acrescentou Sanderson.

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