CIA tentou usar gatos espiões contra os soviéticos; conheça a história

CIA tentou usar gatos espiões contra os soviéticos; conheça a história
CIA tentou usar gatos espiões contra os soviéticos; conheça a história (Foto: Charles Thonney/Pixabay)

Na década de 1960, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) tentou usar “gatos espiões” para grampear os soviéticos e secretamente conseguir informações.

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A Agência gastou milhões de dólares e muitos anos de trabalho desenvolvendo um gato-ciborgue, mas o sonho americano foi rapidamente interrompido quando o projeto de estimação foi esmagado por um táxi que passava.

A história do gato espião pode ser reconstituída graças a um monte de documentos desclassificados da década de 1960 e outras fontes da comunidade de inteligência da Guerra Fria.

Com o codinome “Operação Acústica Kitty”, o projeto envolveu vagamente a ideia de implantar um microfone no canal auditivo do gato e um pequeno rádio transmissor na base do crânio, de acordo com o livro de 2013 Frankenstein’s Cats, de Emily Anthes.

Equipado com esses dispositivos simples, o gato poderia ser treinado para entrar furtivamente nas embaixadas soviéticas, ou mesmo no Kremlin, onde registraria as conservações e as enviaria de volta aos agentes da CIA.

Os documentos da CIA também explicam como eles experimentaram técnicas para comandar o gato espião com comandos auditivos, controlando efetivamente o movimento do gato como um carro controlado remotamente. Afinal, como qualquer dono de gato pode lhe dizer, eles não são as criaturas mais fáceis de treinar.

“Muito dinheiro foi gasto. Eles abriram o gato, colocaram baterias nele, conectaram-no. A cauda foi usada como antena. Eles fizeram uma monstruosidade. Eles o testaram e testaram”, disse Victor Marchetti, um assistente especial do Diretor Adjunto da CIA na década de 1960, de acordo com o livro de 2001 The Wizards of Langley.

Segundo ele, um dos primeiros gatos espiões teve uma morte prematura durante um de seus primeiros experimentos no mundo real. “Finalmente, eles estão prontos. Eles o levaram para um parque e apontaram para um banco do parque e disseram: ‘Escute esses dois caras’. Eles o puseram para fora da van, e um táxi veio e o atropelou. Lá estavam eles, sentados na van com todos aqueles mostradores, e o gato estava morto!”, contou ele.

Marchetti se tornou um crítico aberto da comunidade de inteligência dos Estados Unidos. Ele era conhecido por apresentar algumas ideias controversas e duvidosas, algumas das quais foram consideradas teorias da conspiração, o que significa que seus insights sobre os bizarros ataques da CIA devem ser tomados com cautela.

Na verdade, os documentos da CIA contam uma história ligeiramente diferente. Um relatório altamente editado intitulado “Views on Treined Cats” sugere que o projeto teve um pouco de sucesso, mas acabou sendo considerado inútil para a agência. “Estamos satisfeitos de que é realmente possível. Isso é em si uma conquista notável”, dizia o documento.

No entanto, também observava: “Nosso exame final de gatos treinados para uso nos convenceu de que o programa não se prestaria de forma prática às nossas necessidades altamente especializadas.”

Milhões de dólares foram gastos, mas o sonho de um gato espião ciborgue acabou sendo descartado. Em retrospecto, talvez os gatos não fossem os melhores candidatos para se intrometer nas tensões geopolíticas com armas nucleares.

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