Aprenda a diagnosticar leishmaniose em pets e saiba o que fazer

Aprenda a diagnosticar leishmaniose em pets e saiba o que fazer
Aprenda a diagnosticar leishmaniose em pets e saiba o que fazer (Foto: Freepik)

Nem precisou chegar agosto para o tema leishmaniose ficar ainda mais evidente entre a população. Isso porque casos da doença têm sido cada vez mais frequentes antes mesmo do Agosto Verde, mês dedicado a alertar sobre os cuidados de prevenção e combate à enfermidade. Diversos estados como Mato Grosso do Sul, Ceará, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo já registraram casos. 

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“A leishmaniose é uma doença que nos preocupa durante o ano inteiro, mas é importante reforçar que fatores climáticos como temperatura e umidade podem fazer com que o número de casos aumente em determinados períodos, afetando não só os cães, mas também os seres humanos. Por isso, é muito importante que toda a população invista na prevenção e evite a transmissão”, alerta Kathia Almeida Soares, médica-veterinária e coordenadora técnica pet da MSD Saúde Animal.  

Leish o quê? 

A Leishmaniose é uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Leishmania, transmitidos principalmente por meio da picada de um flebótomo, que são mosquitos pequenos de hábito crepuscular e noturno e que pode afetar pessoas e animais de estimação, como os cachorros. Existem dois tipos, a visceral, que acomete os órgãos internos, e a cutânea, que agride as mucosas e a pele. 

“A mais comum nos cachorros é a visceral. A transmissão da doença acontece principalmente quando os flebótomos se alimentam de sangue. Quando esse inseto pica o animal infectado, ele se infecta e transfere o protozoário ao picar o humano. Isso quer dizer que o cão é o principal reservatório do protozoário, mas é importante lembrar que ele não transmite a doença diretamente para as pessoas”, explica Kathia.   

As principais manifestações clínicas e o diagnóstico  

De acordo com a médica-veterinária, na leishmaniose visceral as principais manifestações clínicas são perda de sangue por meio das fezes e do nariz, febre, vômitos, diarreia, perda de peso, alterações dermatológicas, desidratação, dentre outros. Já a leishmaniose tegumentar, também conhecida como cutânea, se manifesta por meio de lesões na pele do animal.  

“O diagnóstico, muitas vezes, não deve ser baseado em um único exame e é importante reforçar que o médico-veterinário é o único profissional habilitado a fazê-lo de forma assertiva”, diz a especialista. “A visita periódica à clínica veterinária é essencial, já que muitos cães podem estar infectados pelo protozoário e o tutor não perceber”, completa.  

A prevenção é fundamental 

Assim como em muitas doenças, a melhor forma para evitar a leishmaniose é a prevenção, que deve ser realizada por um conjunto de medidas, como o uso de produtos tópicos com ação repelente, como a coleira antiparasitária para cães à base de deltametrina, e a vacinação.

Além disso, a veterinária reforça a importância da limpeza da casa, que deve estar livre de matéria orgânica, pois é onde o mosquito transmissor se prolifera, e  ainda alguns cuidados adicionais, como utilizar telas de proteção, principalmente no local em que o pet mais fica; evitar passear com o cão ao entardecer e à noite, quando o mosquito transmissor é mais ativo, e seguir sempre as orientações do médico-veterinário, que é o profissional que vai fornecer toda informação e cuidados que o tutor precisa para preservar a saúde do cão e da família. 

Sem pânico! A doença tem tratamento 

Se seu animal for diagnosticado com leishmaniose, não entre em pânico! Apesar de não ter cura, a doença tem tratamento à base de medicamentos que aliviam as manifestações clínicas e reduzem as chances de transmissão do parasita a outros animais e humanos. O veterinário pode indicar os melhores produtos para que seu animal seja feliz e tenha qualidade de vida. 

Apesar de haver tratamento, Kathia ressalta que o melhor é prevenir, pois o tratamento exige um alto investimento financeiro e não traz a cura parasitária, apenas melhora as manifestações e diminui a carga de transmissão. Então, fique atento às medidas preventivas e proteja seu cãozinho, garantindo assim saúde e bem-estar para ele e toda a família. 

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