Veterinário dá dicas de alimentação, socialização e adaptação para quem tem um pet filhote

Veterinário dá dicas de alimentação, socialização e adaptação para quem tem um pet filhote
Veterinário dá dicas de alimentação, socialização e adaptação para quem tem um pet filhote (Foto: Fernando Gago/Unsplash)

Sofás arranhados, alta necessidade de mastigação e muita, mas muita energia. São várias as características e necessidades dos pets filhotes, e os primeiros meses de vida são cruciais para garantir que eles cresçam saudáveis e felizes.

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Há muitos aspectos que precisam de atenção, como a nutrição adequada, a socialização segura e a boa adaptação, que ajudam tanto o tutor quanto o pet a aproveitarem essa fase tão rápida na vida do animal. Para isso, Pedro Risolia, médico-veterinário da Petlove, traz algumas dicas:

Alimentação e esquema vacinal

Em termos de nutrição, nos primeiros dias de vida, os filhotes recebem o leite materno e os anticorpos do colostro. Com o término da amamentação, é indicado que a única alimentação seja aquela específica para a idade e orientada pelo médico veterinário. Nessa fase é fundamental para o crescimento e determinação de futura boa saúde uma alimentação que possua todas as proteínas, vitaminas, minerais, fibras e outros nutrientes que os cães e gatos precisam.

Vale lembrar que após o período de aleitamento materno, os animais ficam suscetíveis a doenças, portanto é importante estar atento aos protocolos vacinais. A maioria dos pets de até 1 ano são considerados filhotes, podendo variar de acordo com a raça e espécie. Por isso, é importante consultar um veterinário para entender quais vacinas o filhote deve tomar.

Pedro Risolia informa que os tutores devem se atentar às janelas de vacinação, especialmente as obrigatórias. “O cão pode tomar a primeira das três doses de v8 ou v10 com seis a oito semanas, a vacina protege contra parvovirose, coronavirose, cinomose, parainfluenza, adenovirose, hepatite infecciosa e leptospirose”, reforça.

O médico-veterinário esclarece, que a depender do protocolo vacinal determinado pelo profissional e não ocorrendo intercorrências, a partir de 12 semanas, o cão já pode receber o composto contra a gripe canina, formada pelas doenças adenovirose, parainfluenza, bordetella bronchiseptica; e a primeira dose da antirrábica, imunizante contra a raiva.

“No caso dos gatos, eles devem ser vacinados por volta de 60 dias de vida com a vacina quádrupla que protege contra rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia e clamidiose, com segunda dose aplicada de 21 a 30 dias após a primeira e a mesma duração para a terceira dose, caso necessário. A partir de quatro meses, os filhotes já estão aptos a receberem a vacina de raiva, que deve ser administrada anualmente. Alguns protocolos vacinais podem ser mais extensos, conforme determinação médica veterinária e vale lembrar que para gatos saudáveis é recomendado a aplicação conjunta da vacina de FeLV (vírus da leucemia felina)”, explica o veterinário da Petlove.

Outro importante meio de prevenir doenças, segundo Risolia, são os vermífugos e antipulgas que podem ser iniciados com 30 dias de vida e repetidos a partir de dois a três meses, respectivamente, dependendo do produto.

Adaptação em casa e socialização

Quando um novo animal chega ao lar, tanto ele quanto o tutor e os outros moradores da casa precisam se adaptar à nova rotina. Quando pequenos, os pets têm muita curiosidade para explorar itens estranhos para eles, portanto é bom evitar deixar objetos no alcance, como chinelos, fios e carregadores, mochilas e até mesmo lixo.

“Cachorros, quando estão no início da vida, possuem ainda mais energia que o habitual, e essa disposição combinada com a curiosidade de quem ainda não conhece muita coisa exige que os tutores sigam algumas regras para evitar acidentes dentro de casa. O ideal é manter tudo fora do alcance dos filhotes”, afirma.

De acordo com o médico-veterinário da Petlove, também é importante fornecer enriquecimento ambiental e estímulos para o animal desde filhote, dessa forma, é mais fácil ele se desenvolver. Atitudes simples como colocar brinquedos à disposição, bolinhas, pelúcias e arranhadores, no caso dos gatos, podem fazer diferença; assim como introduzir o pet, aos poucos, aos outros animais e habitantes da casa. Pedro Risolia também sinaliza que a adaptação dos gatos é um pouco mais demorada do que a dos cachorros, mas que é preciso ficar atento com ambos.

É importante incentivar a convivência do pet com outros animais e humanos desde cedo, para que ele não desenvolva uma dificuldade na vida adulta. “Nessa idade, os animais aprendem muito rápido e absorvem com muito mais facilidade o que é certo e o que é errado, é uma janela de aprendizado”, explica o veterinário.

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