Pandemia reduz poder aquisitivo, e donos levam menos seus pets ao veterinário, indica pesquisa

Pandemia reduz poder aquisitivo, e donos levam menos seus pets ao veterinário, indica pesquisa
Pandemia reduz poder aquisitivo, e donos levam menos seus pets ao veterinário, indica pesquisa (Foto: Karsten Winegeart/Unsplash)

Se por um lado a crise do coronavírus aumentou o número de animais de companhia nos lares brasileiros, de outro, o cuidado com a saúde dos animais e o poder de compra dos tutores diminuiu, revela a pesquisa Radar Vet, publicada recentemente pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan).

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Dentre os 732 veterinários de cães e gatos entrevistados, quando questionados sobre as mudanças negativas e positivas no comportamento do consumidor durante a pandemia, foram destacados mais comportamentos negativos (62%) do que positivos (45%). Destaca-se no gráfico que 37% observaram um orçamento limitado dos cuidadores. Ainda, 23% identificaram uma diminuição no número de consultas/internações e 11% uma queda nos cuidados com os animais de modo geral.

“Comparando esse dado com o Radar Pet 2021, pesquisa realizada com os tutores, os respondentes indicaram uma atenção maior com a saúde dos animais de companhia no primeiro ano da pandemia, mas podemos afirmar que esse comportamento não foi percebido pelo veterinário”, analisa Andréa Castro, coordenadora da COMAC.

É de se esperar que a redução no orçamento das famílias impactariam as visitas ao veterinário e, consequente diminuição da procura por medicamentos, vacinas e exames, conforme constatação de 10% dos profissionais entrevistados. As medicações veterinárias são essenciais para manter a saúde e o bem-estar dos pets. Ainda assim, 18% dos respondentes observaram uma rápida percepção dos problemas com os animais por parte dos tutores.

Houve uma grande divergência entre os respondentes quanto à demanda por atendimento nos último 12 meses. Em todas as especialidades, não há consenso sobre o nível de demanda. As especialidades que apresentaram maior índice de redução no crescimento foram a cardiologia e a endocrinologia. A modalidade que mais cresceu foi a fisioterapia.

Os dados também mostram que houve considerável aumento no percentual de animais castrados entre as pesquisas, passando de 56% em 2018 para 72% em 2021.

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