De acordo com uma pesquisa publicada na quinta-feira (28) na revista científica PLoS Genetics, os cães pastores que vivem entre a costa chilena e as montanhas da Patagônia são os parentes vivos mais próximos de um ancestral extinto de cão pastor.
Veja também:
+ Entenda por que o povo era tão louco por gatos no Egito Antigo
+ Japoneses estão pagando quase R$ 5.000 por mochila que parece gato de verdade
+ Vídeo assustador: família é perseguida por urso durante passeio com o cão
“O que o trabalho mostra é que esses cães estão intimamente relacionados com o que seria considerado os cães de pastoreio originais do Reino Unido, que não estão mais vivos no planeta”, disse Elaine Ostrander, investigadora-chefe do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano dos Institutos Nacionais de Saúde e autora sênior do estudo.
“Está nos dizendo que ‘Ei, esses caras são realmente especiais’. Eles são algo que é um elo perdido entre as raças modernas e as raças originais de pastoreio da Europa Ocidental”, acrescentou ela.
Segundo ela, os cães da Patagônia não são do tipo que você os registraria como uma única raça ou que seria possível encontrá-los em exposições de cães, no entanto, seus traços visíveis e genéticos deixaram claro que esses cães compartilhavam semelhanças suficientes para serem classificados juntos.
Para o estudo, os pesquisadores analisaram amostras genéticas que receberam de parceiros no Chile e compararam com 175 raças de descendência europeia e ocidental.
Como resultado, Ostrander e sua equipe descobriram que os cães patagônicos são os caninos modernos geneticamente mais próximos do que é considerado o cão pastor original, encontrado no Reino Unido.
“Por estarem isolados, eles retêm qualquer genética que estava em seus ancestrais e grandes ancestrais. O cão pastor da Patagônia é o mais próximo de qualquer coisa que alguém já viu e é isso que os torna tão fascinantes”, disse a pesquisadora.
