O Brasil tem 22 milhões de gatos e a previsão é que esse número ultrapasse 30 milhões até 2022, segundo o IBGE. Esse dado acaba sendo preocupante por conta da quantidade de animais que vivem nas ruas, sem nenhum tipo de cuidado, o que se agravou com a pandemia e a diminuição das adoções.
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Apesar do período de isolamento social ter estreitado o relacionamento entre tutores e seus animais de estimação, a ONG SalvaGato, que tem parceria com a Cobasi, registrou uma grande queda no número de adoções. “Por conta das restrições e uma questão de saúde pública, tivemos de suspender as feiras de adoção durante três meses, o que impactou muito para essa diminuição”, diz Fabiano Martinelle, promotor de eventos da ONG que realiza alguns de seus eventos na loja da Cobasi em São Paulo.
Com a volta da realização das feiras, a expectativa é que mais felinos ganhem um lar. E para estimular a adoção para quem é novo no universo dos gatos, o biólogo e Coordenador de Conteúdo da Cobasi, Thiago Sá, lista alguns dos principais cuidados que se deve ter antes de levar o novo amigo pra casa:
– Antes da adoção, a casa/apartamento deve ter todas suas janelas teladas, para evitar fugas. Portas de acesso à área externa devem ser mantidas fechadas.
– O ideal é investir em itens de gatificação, como prateleiras, tocas e arranhadores; bebedouros do tipo fonte também são indicados. Isso cria um ambiente atrativo e divertido para o gato.
– O tutor deve estar ciente que o novo felino irá desbravar o ambiente, demarcar território e possivelmente arranhar cortinas, sofás e outros móveis: isso faz parte do comportamento do gato.
– Para facilitar a adaptação, alguns produtos ajudam bastante, como catnip e Feliway®.
– Importante que a família respeite o tempo do gato, não forçando a interação. À medida que o felino se sentir à vontade, ele irá se aproximar da família e construir uma grande relação de carinho.
“Primeiramente, é preciso pensar na responsabilidade e compromisso assumido. Gatos são animais com uma boa longevidade e, portanto, é um compromisso de dedicação e amor por muito tempo”, afirma Martinelle. Ele ainda chama atenção para que a pessoa esteja ciente das despesas básicas para proporcionar qualidade de vida ao animal e que, independentemente da mudança de circunstâncias, como separação, gravidez ou mudança de endereço, não se pode descartar ou abandonar o gato.
Sexta-feira 13
O mês de agosto deste ano terá um dia de muita preocupação para tutores, a sexta-feira, 13. Segundo Martinelle, o preconceito com o gato preto, que não é somente nesta data, é intensificado e é quando eles sofrem mais maus tratos, sendo utilizados, inclusive, para magia negra e feitiçaria. Ele reforça que se o animal não tem contato com a rua, não são necessárias preocupações extras. “Porém, se criar o gato solto, é importante protegê-lo prendendo em casa, porque é possível que ele sofra agressões ou suma”.